quinta-feira, 24 de abril de 2008

Meu Momento real. O tempo sim pode curar!


A cada dia que passa, sou eu me libertando da dor. A angústia livre no meu pranto. O real desejo da morte!

Talvez seja essa a solução dos meu problemas!

Eu não entendo pq cheguei a esse ponto...

Será que é um teste de Deus comigo ?

Se for... to reprovada! Pois relamente me entreguei a essa loucura de desespero ao qual não pretendo me livrar.

Se ela sofre, eu sofro mais ainda.

Se ela chora, o meu pranto transborda.

Se ela cai, eu me jogo.

Se ela pensa em desisitir, eu luto contra quem a influi !

Eu não sei até que ponto nós juntas chegaremos com tanta decepção no momento.

Só sei que, o ponto final está longe do fim do túneo.


~*

essa sim, veio daqui de dentro!

ow velho foda! (y)


Quase... Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance; para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.


(Luiz Fernando Verissimo)

Risos


Todos os dias é a mesma coisa: chego de manhã, ligo o computador, leio rapidamente algumas notícias, e-mails, e então os risos começam. Não os meus, mas os deles, os colegas que trabalham na sala ao lado.
Por que será que riem tanto, eu me pergunto. De alguma piada, da roupa extravagante do colega, de algum acontecido, por que será?
Algumas vezes isso me causa profunda ira. Eles riem o tempo todo! São risos irritantes, exagerados, sem nenhum pudor.
Como posso raciocinar com essa gritaria? Os risos entram nas minhas artérias, e meu sangue corre rápido. Nesses momentos, penso em ir até lá e estragar a festa, com dedo em riste.
Mas me contenho.
Passo dias inteiros ouvindo esses risos a roer-me a alma e meu cérebro, e roubando de mim a inteligência, a paciência, a seriedade e a concentração.
Eles pensam que estão aonde? No boteco da esquina?
Mas nem sempre é assim. Todas as manhãs quando chego, ligo o computador, leio rapidamente algumas notícias, e-mails, e então ouço o canto dos passarinhos na minha janela. E me pergunto: são passarinhos, ou meus colegas na sala ao lado? Que riem despudoradamente, como a querer dizer-me: ria você também, que a única coisa que podemos fazer na vida é rir, e nada mais!
E então descubro que o riso dos meus colegas e o canto dos passarinhos quando se misturam, fazem a alegria das minhas manhãs e dos meus dias.
Descoberta tola essa, e que rouba de mim um sorriso. Mas a vontade que tenho, mesmo, é de rir despudoramente, como eles, os meus colegas de trabalho.
Mas me contenho.